Mais
de 50 mil alunos serão afetados com a paralisação, que busca
pressionar o governo Temer
Foto: Tarso Sarraf/O Liberal |
Servidores
técnico-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA)
decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (10). A
paralisação tem como objetivo impedir a aprovação de medidas
consideradas prejudiciais pela categoria, como a reforma da
previdência, proposta pelo governo federal. Além da UFPA,
servidores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) também
aderiram à greve a partir desta sexta, informou o Sindicato dos
Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior
(Sindtifes).
No
primeiro dia de paralisação, os servidores realizarão ato pelas
ruas de Belém. A categoria é contra o fim da estabilidade do
servidor público e se diz insatisfeita com a precarização de
serviços públicos prestados pelas universidades à sociedade, o que
inclui as atividades dos hospitais Bettina Ferro e Barros Barreto da
UFPA, e do Hospital Veterinário da Ufra.
“A
gente está vivendo um momento muito delicado para o serviço público
federal. A base aliada do governo Temer já está com um desgaste
considerável, por ter salvado o presidente duas vezes, ou seja, ela
não querem acumular mais”, avalia Moacir Miranda, diretor de
assuntos jurídicos do Sindtifes. “O anúncio da greve foi um ponto
decisivo para o recuo do governo, porque está colocada a
possibilidade de haver um levante dos servidores de um modo geral.”
A
mobilização dos servidores também busca alertar a sociedade para o
“pacotaço”, conjunto de medidas do governo Temer. Dentre outros
pontos, as iniciativas prevêm a extinção de 60 mil cargos
federais, o que reduz a possibilidade de acesso ao serviço público
da União. Além disso, também está planejado o aumento da
contribuição previdenciária dos servidores federal, que hoje é de
11%. Com a mudança, o valor cobrado será de 14% para quem ganha
acima de R$ 5 mil.
Somando
as duas instituições, 53.400 alunos terão as atividades impactadas
com a manifestação. Na UFPA, serão paralisadas as atividades de
2.500 servidores técnico-administrativos. Entre os níveis de
graduação e pós-graduação, serão impactados 48 mil estudantes,
distribuídos em 12 campi, na capital e no interior, além das
atividades dos hospitais Barros Barreto e Bettina Ferro. Já na Ufra,
cerca de 600 servidores devem aderir à greve, impactando as
atividades de cerca de 5.400 alunos da graduação, divididos em seis
campi, em Belém e no interior.
Fonte:
Portal ORM
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