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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

TÉCNICOS DA UFPA E UFRA ENTRAM EM GREVE A PARTIR DESTA SEXTA

Mais de 50 mil alunos serão afetados com a paralisação, que busca pressionar o governo Temer
Foto: Tarso Sarraf/O Liberal
Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (10). A paralisação tem como objetivo impedir a aprovação de medidas consideradas prejudiciais pela categoria, como a reforma da previdência, proposta pelo governo federal. Além da UFPA, servidores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) também aderiram à greve a partir desta sexta, informou o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior (Sindtifes).
No primeiro dia de paralisação, os servidores realizarão ato pelas ruas de Belém. A categoria é contra o fim da estabilidade do servidor público e se diz insatisfeita com a precarização de serviços públicos prestados pelas universidades à sociedade, o que inclui as atividades dos hospitais Bettina Ferro e Barros Barreto da UFPA, e do Hospital Veterinário da Ufra.
A gente está vivendo um momento muito delicado para o serviço público federal. A base aliada do governo Temer já está com um desgaste considerável, por ter salvado o presidente duas vezes, ou seja, ela não querem acumular mais”, avalia Moacir Miranda, diretor de assuntos jurídicos do Sindtifes. “O anúncio da greve foi um ponto decisivo para o recuo do governo, porque está colocada a possibilidade de haver um levante dos servidores de um modo geral.”
A mobilização dos servidores também busca alertar a sociedade para o “pacotaço”, conjunto de medidas do governo Temer. Dentre outros pontos, as iniciativas prevêm a extinção de 60 mil cargos federais, o que reduz a possibilidade de acesso ao serviço público da União. Além disso, também está planejado o aumento da contribuição previdenciária dos servidores federal, que hoje é de 11%. Com a mudança, o valor cobrado será de 14% para quem ganha acima de R$ 5 mil.
Somando as duas instituições, 53.400 alunos terão as atividades impactadas com a manifestação. Na UFPA, serão paralisadas as atividades de 2.500 servidores técnico-administrativos. Entre os níveis de graduação e pós-graduação, serão impactados 48 mil estudantes, distribuídos em 12 campi, na capital e no interior, além das atividades dos hospitais Barros Barreto e Bettina Ferro. Já na Ufra, cerca de 600 servidores devem aderir à greve, impactando as atividades de cerca de 5.400 alunos da graduação, divididos em seis campi, em Belém e no interior.

Fonte: Portal ORM

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