Os
índios das etnias Juruna, Xirkin e Arara continuam ocupando as obras da usina de
Belo Monte no rio Xingu, sudeste paraense. O protesto chega ao quarto dia neste
domingo (24) e ainda não há previsão para que eles desocupem a área.
Desde sábado (23), os índios se concentram em uma área conhecida
como'ensecadeira' que fica próxima à construção da usina. No final da tarde de
hoje eles devem encaminhar um documento à Norte Engenharia, empresa responsável
pela execução das obras. O protesto é pacífico.
De acordo com Rafaela
Xikrin, uma das indígenas responsáveis pelo movimento, os indígenas estão
insatisfeitos com a situação já que as condicionantes que deveriam anteceder as
obras não estão sendo devidamente cumpridas em suas terras e em Altamira, por
isso eles resolveram elaborar um documento. Ainda de acordo com Rafaela, o
começo das obras afetam a infraestrutura da cidade os serviços de saúde e
educação e no saneamento básico que estão cada vez mais sobrecarregados. 'Nòs só
vamos sair daqui depois que a Norte atender as nossas reivindicações. E as
mulheres vieram se juntar nessa luta', explica Rafaela.
A assessoria de
comunicação da Norte Engenharia disse que uma reunião está marcada com os
indígenas para a próxima quinta-feira (28) no intuito de resolver a situação no
local. A empresa disse ainda que aguarda o documento elaborado pelos
indígenas.
Redação Portal ORM
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