Brasil Novo Notícias: Secretário estava com problemas no trabalho, diz delegado geral da PC

domingo, 16 de outubro de 2016

Secretário estava com problemas no trabalho, diz delegado geral da PC

O Delegado Geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino, passou a acompanhar o caso do assassinato do secretário municipal de Meio Ambiente de Altamira, Luís Alberto Araújo, no sudoeste do Pará, atingido por uma série de disparos dentro de um carro.
Segundo o delegado geral, a hipótese de latrocínio, assalto seguido de morte, foi completamente descartada pelas características apresentadas na cena do crime e no depoimento da esposa da vítima, que estava dentro do carro no momento do crime.
“Também foi interessante o depoimento da companheira da vítima, em um momento ela relata que ele lhe confidenciou que estava com alguns problemas no trabalho e não podia falar porque eram questões complicadas, mas estava com problema no trabalho”, disse Rilmar Firmino, informando que nenhum registro de ameaça foi feito pelo secretário na delegacia. “Não existe nenhum registro de ameaça contra o secretário. A única situação que se tem é o depoimento da companheira que disse que ele estava encontrando alguns problemas no trabalho”, reforçou.
De acordo com Rilmar, a Polícia Civil vai ouvir amigos da vítima, funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e também irá analisar as imagens das câmeras de segurança que possuem nas proximidades do crime para iniciar uma linha de investigação mais restrita e direcionada para a execução do secretário.
“É uma linha bastante forte, interessante para a investigação, porque ele trabalhava com fiscalização e concessão de licenças ambientais. É uma linha que a polícia não pode perder o foco. Nós não podemos direcionar. As outras questões não podemos descartar, mas é uma linha muito interessante para a investigação”, afirmou o delegado geral, que procurou ponderar o fato de Luís Alberto era o responsável pela fiscalização e pelas concessões de licenças ambientas no município.
“Não podemos afirmar que foi em razão do cargo que ele exercia. Mas, como eu falei antes, é uma linha de investigação que não podemos esse foco, porque é uma área complicada e quando se trabalha com fiscalização e concessão de licença, eu diria que é uma situação que adiciona alguns riscos”, explicou.
“Essas situações que acontecem e que causam uma repercussão, causam uma comoção, até porque pode ter sido em razão do exercício do cargo, elas merecem uma atenção muito especial para o caso, até porque o Estado não pode ficar refém de pessoas que querem aplicar a lei da forma deles”, concluiu Rilmar Firmino.
Fonte: G1

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