Na última quinta-feira, 11/07, cerca de 50 pessoas tomaram as ruas novamente da cidade de Altamira, sudoeste do Pará, para exigir seus direitos. O objetivo foi exigir um posicionamento da prefeitura municipal com relação ao acesso a água e energia, construção de um hospital, reestruturação das escolas, entre outras medidas.
A ação, batizada de #DireitosJá, foi organizada pelos movimentos sociais presentes na região, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude, União da Juventude Socialista, Pastoral da Juventude, entre outros. Após concentrar-se em frente ao ginásio da Brasília, os manifestantes saíram em marcha até a prefeitura e encontraram o prédio de portões fechados. Houve discussão com uma comissão de representantes da prefeitura, que se negou a deixar o povo entrar no local. O vice-prefeito, Joel Mendes, PSC, tentou se retirar da manifestação, mas acabou sendo agredido pelos manifestantes e impedido de deixar o local. Segundo o vice-prefeito um dos agressores é padre da Prelazia do Xingu. “Toda manifestação é aceitável, desde que seja feita de forma pacífica. É lastimável a falta de respeito por parte do grupo.”, lamentou Joel.
Os líderes da manifestação negaram a agressão. Apesar da confusão, uma comissão de representantes das entidades organizadoras da atividade entrou na prefeitura para negociar e agendou um encontro com o prefeito, Domingos Juvenil, PMDB, para o dia seguinte, quando foram recebidos.
Pauta dos manifestantes:
*Saúde: construção de um novo hospital e manutenção da UPA e de todas as unidades de saúde.
* Moradia: Reassentamento urbano de qualidade para os atingidos por Belo Monte.
*Educação: reestruturação das escolas sucateadas e contratação de intérpretes de libras.
*Cultura: criação de um centro cultural.
*Infraestrutura: fornecimento de energia de qualidade, tratamento de água e esgoto, reparos das vias públicas.
*Segurança: revitalização dos Postos de Policiamento Comunitários.
*Transporte Coletivo: Aumento da frota de ônibus e redução da tarifa.
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