Brasil Novo Notícias: Paralisações sindicais podem chegar a Belo Monte dia 11

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Paralisações sindicais podem chegar a Belo Monte dia 11


Centrais ainda pretendem paralisar metrô e ônibus, com manifestações pacíficas.


As centrais sindicais trabalham para promover uma grande mobilização no dia 11 de julho para defender suas reivindicações  Porém, estão evitando usar a expressão "greve geral", cientes de que será muito difícil uma paralisação nesse nível.

A promessa é de um dia com muitas greves localizadas e passeatas pacíficas por vários estados. Não haverá protestos em frente às empresas, os baderneiros serão entregues à polícia e as principais rodovias e avenidas serão fechadas em vários horários. Tudo para fazer a presidente Dilma Rousseff olhar com carinho para as reivindicações já entregues ao governo.

Com reuniões diárias, as principais centrais sindicais garantem que milhões de pessoas cruzarão os braços e sairão na rua para fazer o que chamam de "arrastão". A Força Sindical acredita que 5 milhões de associados participarão do Dia Nacional de Lutas com Greves e Manifestações. "Acho cedo para falarmos sobre quantidade de pessoas, pois ainda estamos tendo assembleias e reuniões nos sindicatos. Mas sabemos que será uma grande mobilização", diz Zé Maria de Almeida, líder da Central Sindical e Popular-Conlutas.

Ainda definindo quais setores podem parar o dia inteiro ou apenas algumas horas, as centrais já possuem algumas garantias de adesão de sindicatos que devem causar grandes impactos.

Operários das obras que integram o Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC), implementado pelo governo federal, vão parar. Grandes obras como a polêmica usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, também estão sendo mobilizadas para a greve.

Um grande golpe para a economia do país deve ser a paralisação dos principais portos. Os sindicatos dos estivadores já confirmaram adesão. Os portos de Suape (PE) e Santos devem ter todos os seus acessos bloqueados no dia 11. "Temos muita coisa definida. Hoje tivemos a adesão nacional dos servidores públicos federais. Só nesse grupo, são 1 milhão de trabalhadores", ressalta Zé Maria.

Petroleiros de Santos, trabalhadores da construção pesada da Bahia, frentistas do Rio de Janeiro e metalúrgicos de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Piracicaba também estão confirmados. Dois setores primordiais ainda não definiram a paralisação: os metroviários e os trabalhadores dos transportes. Em São Paulo, os ônibus já vão parar no dia 5 de julho, em greve por sua pauta específica.

No dia 11, o setor ainda está definindo, pois depende de uma eleição interna. Já os metroviários, que preocupa muito o governador Geraldo Alckmin, tem uma assembleia agendada para quinta-feira. A intenção é paralisar todas as linhas do metrô no período da manhã.

Durante a definição dos atos, alguns integrantes das centrais sindicais chegaram a pedir que fossem incendiados ônibus e carros. No entanto, a maioria decidiu por manifestação pacífica, com muitas faixas e bandeiras.

Até os partidos políticos estão autorizados. "Sugiro que ao identificar algum vandalismo, nós mesmo entreguemos para a polícia. Qualquer depredação servirá para o Ministério Público cobrar os sindicatos", disse João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical.

Para garantir um protesto sem conflito com os policiais, a orientação é que todas as centrais sindicais estaduais agendem reuniões com o comando da Polícia Militar e com a secretaria de segurança pública. Ontem, os líderes paulistas se encontraram com Fernando Grella, secretário de Segurança, e com o Coronel Benedito Roberto Meira, comandante da PM de São Paulo. "Foi um encontro positivo. Nós fomos dizer a eles que faremos passeatas sem baderna. Vamos mapear onde vão acontecer as principais concentrações de trabalhadores e entregar para a PM, que vai colocar um comandante em cada local", explicou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.

Na conversa, os líderes sindicais já avisaram que serão fechadas as principais rodovias, a Marginal Tietê e Pinheiros, e a Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, as centrais ainda não definiram os setores e os locais de concentração. Uma reunião marcada para hoje, às 10 horas, decidirá o formato.

Quem também ainda organiza seus atos é a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade realizará uma série de assembleias regionais para preparar seu comunicado aos sindicatos. "Ainda aguardamos uma posição da CUT. Vamos seguir a orientação deles", comentou uma integrante do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Fonte: O Xingu

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